Consumidores de carne certificada devem cobrar qualidade

Os consumidores são os protagonistas da cadeia produtiva de carne. São eles que podem e devem cobrar a presença do selo de certificação, item que garante qualidade ao produto. A afirmação foi feita pela gerente do Programa Carne Angus Certificada, Ana Doralina Menezes, durante live realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta segunda-feira (03/8), pelo canal do Youtube e página do Facebook da CNA. A primeira transmissão sobre programas de certificação de raças bovinas da Confederação ainda contou com a presença do coordenador do Programa Carne Charolês Certificada, Eldomar Kommers, do coordenador dos Protocolos de Rastreabilidade da CNA, Paulo Vicente Costa, e da assessora Técnica do Instituto CNA, Danielle Schneider.

Os protocolos de rastreabilidade da CNA representam uma chancela importante para o trabalho da Associação Brasileira de Angus e para o Programa Carne Angus, afirmou Ana. “Em tempos de pandemia, somos ainda mais cobrados sobre o que estamos produzindo, onde e de que forma foi produzido”. Para a médica veterinária, a certificação trata-se também de uma questão sanitária, que vai além da qualidade. Só com os selos dos programas é que os consumidores podem ter certeza de que o produto que estão adquirindo é seguro, e foi devidamente inspecionado. “Tem que ter o selo para realmente valer a pena pagar a mais. Não basta dizer que é Angus, o selo é a garantia que ele foi avaliado, que cumpre com os requisitos de qualidade, e o consumidor tem a garantia de um produto com maciez, sabor e suculência”, destacou. Conforme apresentou durante a live, foram 452 mil animais Angus certificados em 2019 em 17 indústrias frigoríficas parceiras distribuídas em 11 estados, com uma equipe de 52 técnicos envolvidos.

Para Costa, as associações de criadores são a principal fonte de informações sobre as raças. São elas que detêm referências precisas e, por isso, é necessário, cada vez mais, investir em sua consolidação. “Por trás daquela carne que tem um rótulo de certificação, tem todo um trabalho muito sério sendo feito por associações extremamente competentes”, reforçou. Segundo o coordenador da CNA, os sistemas de protocolos de rastreabilidade são peça-chave no processo de certificação. “É um local único para garantir e atestar que os programas estão ocorrendo, estão sendo documentados. Todos os elos da cadeia têm que estar dentro do mesmo sistema informatizado, onde têm direitos e responsabilidades”, disse. Na mesma linha, Kommers ressaltou a relevância de consumir produtos com procedência garantida: “sendo oficial, vai ter certeza da qualidade”, pontuou.

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