Colappa América Latina unida pelo Angus

Criadores de Angus da América latina deram início a um movimento de aproximação política focado em novos projetos. Reunidos durante o World Angus Secretariat (WAS2019) em Punta del Este, no Uruguai, representantes de Argentina, Brasil, Colômbia, Paraguai, México, Equador, Peru e Uruguai abriram tratativas de ações colaborativas que vão desde projetos de compartilhamento de dados genômicos até integração para tomadas de decisões políticas e técnicas e troca de expertise sobre os programas de carne Angus Certificada. E o Brasil tem muito a ajudar no desenvolvimento da Angus no continente e fomentar o desenvolvimento da chamada Confederação Latino-americana de Países Produtores de Angus (Colappa).

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, o programa de carne brasileiro é o mais desenvolvido e pode servir de espelho para países como o Uruguai, onde a validação das carcaças Angus ocorre por meio de empresas especializadas. “É essencial participar de encontros entre esses países de forma a estabelecer um fórum para troca de ideias e experiências. Temos a ensinar, mas também temos muito a aprender”, reforçou.

Depois do encontro no Uruguai, integrantes da Colappa estiveram no Brasil. O presidente da Associação Argentina de Angus, Alfredo Gusmán, participou da exposição de Uruguaiana e voltou ao Brasil na Expointer ao lado do presidente da Sociedade de Criadores de Aberdeen Angus do Uruguai, Álvaro Nadal, e do membro da Asociación de Criadores de Angus del Paraguay Christian Galeano.  Além de acompanharem os julgamentos da raça em Esteio (RS), os integrantes da Colappa foram recebidos pelos criadores brasileiros em reunião de trabalho.

Um dos assuntos tratados foi o projeto de compartilhamento de dados genômicos dos rebanhos Angus, uma tratativa iniciada ainda em 2017. Segundo Nadal, naquele ano, na reunião de Buenos Aires, na Argentina, fez-se o primeiro contato com o especialista norte-americano e presidente da Angus Genetics Inc, Dan Moser, ação reforçada em 2018, no México. Na ocasião, recorda, Moser já havia trazido algumas opções de planos de integração aos colegas latino-americanos. “Sou otimista. Depois que se tomou a decisão política, tudo se facilita muito”, disse Nadal. Posição que foi reforçada por Gusmán: “Os quatro países (Brasil, Argentina, Uruguai e México) estão negociando esse intercâmbio direto que nos permitirá ter uma base genética para o rebanho latino americano, mas estamos só começando.”

Você encontra esse e mais conteúdos do Anuário Angus 2019 aqui.

Crédito: Carolina Jardine

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