Adaptação ao clima e combate ao carrapato devem diferenciar genômica do Angus do Brasil

Desenvolver tecnologia para avaliação genômica de bovinos para as características de resistência ao carrapato e ao calor deve ser a meta e diferencial do projeto de genômica da raça Angus no Brasil. A convicção é do geneticista e pesquisador da Embrapa Fernando Cardoso, responsável pela base teórica do projeto de genômica da raça. O trabalho já começou. Segundo ele, a raça já tem 1,5 mil animais genotipados e a meta é incluir mais de 500 para chegar ao fim do ano com uma população de referência de 2 mil cabeças.  O detalhamento foi feito em reunião técnica da Associação Brasileira de Angus realizada nesta segunda-feira (18/3) em Santana do Livramento (RS). O encontro reuniu time de inspetores Angus de todo o Brasil, além do representante do Senar, Pedro Faraco.

Cardoso explicou aos técnicos os ganhos que devem vir do processo, principalmente aumentando a acurácia de dados dos rebanhos e garantindo a avaliação e uso de reprodutores em tenra idade. Segundo ele, o formato dos dados a serem ofertados é similar ao apresentado atualmente pelas DEPs, contudo, garante maior grau de acurácia para características essenciais para ganho econômico dos rebanhos como saúde e adaptação ao meio ambiente. “A genômica para esses critérios é uma grande oportunidade de diferencial para o Angus brasileiro”, salientou, lembrando que a adaptação de reprodutores ao clima quente do Brasil Central potencializa a expansão da Angus e, consequentemente, a qualificação da pecuária nacional. Além de aplicar a equação da genômica ao rebanho nacional, cita Cardoso, o modelo pode ser utilizado para testar a adaptação de touros importados ao clima brasileiro.

 

Fotos: Carolina Jardine

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