Angus qualifica aproveitamento de carcaças no Brasil
- Dia 07/12/2018
A Angus consolidou novos patamares no Brasil nos últimos anos. Ao avaliar o resultado de seus quatro anos de gestão, na sexta-feira (7/12), o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, apresentou números que confirmam uma expansão alicerçada em qualidade do campo à mesa. De 2014 a 2018, a produção de carne Angus certificada saltou 300% atingindo 34 mil toneladas/ano, um ganho que não veio apenas do crescimento dos abates mas de um maior aproveitamento das carcaças. “Quando há genética de qualidade, o conceito de carne de primeira e de segunda se desfaz. Toda carne de qualidade é de primeira. O essencial é mostrar para o consumidor os diferentes usos de cada corte”, ressaltou. Segundo ele, em 2017, o Programa Carne Angus Certificada teve uma expansão de 18% na produção de cortes certificados sem, contudo, ver uma elevação das mesmas proporções no abate. “Isso se deve basicamente a um melhor aproveitamento dos cortes nos frigoríficos”, pontuou sem esquecer que o país enfrentou crise de consumo.
Weber ainda apresentou números que confirmam avanços na área de fomento ao produtor com crescimento de diversos programas. Segundo ele, foram realizadas 2,7 mil ultrassonografias (alta de 111,16% em 4 anos) e 26,84 mil animais foram registrados pelo programa de Cruzamento sob Controle de Genealogia (CCG) em dez estados (ganho de 450,78% em 4 anos). A Angus também se consolidou como líder na venda de sêmen no país com comercialização anual de 3,85 milhões de doses. Entre os feitos também estão o avanço dos testes de eficiência alimentar e o início dos registros da raça Ultrablack. Contudo, mais do que conquistas, explica Weber, a atual gestão deixa à nova diretoria um projeto inovador que deve mudar a realidade do melhoramento genético: a genômica. O programa, que deve decolar em 2019, começará pela formação do banco de material genético para, depois, passar a ordenar a seleção dos rebanhos.
Nos últimos quatro anos, acrescenta Weber, a Angus ainda aumentou sua representatividade em comissões nacionais de debates sobre pecuária, trabalho iniciado na gestão do ex-presidente Paulo de Castro Marques. “A Angus tem cadeira, hoje, em 14 grupos de trabalho ou comissões ativas de debates diversos que vão de sistemas de regulação e rotulagem até fóruns de debate sobre tipificação de carcaças e sustentabilidade”, ressaltou.

Foto: Leticia Szczesny
0 comentários on Angus qualifica aproveitamento de carcaças no Brasil