Angus defende produção e preza pelo bem-estar do rebanho
- Dia 10/07/2018
Em uma pecuária de excelência como a brasileira, não há espaço para maus-tratos. A declaração foi proferida pelo presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, durante audiência pública da Assembleia Legislativa realizada na noite desta segunda-feira (9/7) em Porto Alegre (RS). O debate, convocado pela deputada estadual Regina Becker (PTB), abordou o transporte de animais vivos em navios currais rumo ao Oriente e uniu lideranças da agropecuária nacional em contraponto à argumentação de entidades ligadas a movimentos ditos ambientalistas.
Prática adotada em diversos países e que atende integralmente às normas sanitárias internacionais, os embarques representam um oxigênio aos pecuaristas em meio à crise. Graças a eles, o quilo do terneiro vem sendo negociado em valores acima de temporadas passadas, chegando a atingir R$ 7,00 em algumas praças do país. “Nós todos prezamos pelo bem-estar dos animais”, garantiu Weber, reforçando que o gado recebe alimentação e cuidados adequados durante a viagem, chegando até a ganhar peso. “É óbvio que os turcos não pagarão para receberem animais mortos lá. Não há espaço para maus-tratos”, reforçou.
Weber lembrou que o embarque de gado para países do Oriente vem se consolidando como uma oportunidade mais rentável e usufruir disso é direito dos pecuaristas brasileiros. Em 2017, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) foram exportadas 400,6 mil cabeças, volume 41,9% maior que o registrado no ano anterior.
Em sucessivas intervenções durante a audiência pública, os criadores deixaram claro que a saúde e as condições de transporte dos animais também são prioridades dos pecuaristas e não somente dos ambientalistas. “Não é contra o bem-estar e sim a favor, mas não às custas do produtor”, disse o criador e advogado Fábio Gomes. Também participaram da audiência representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), de sindicatos rurais de todo Estado, criadores e interessados pelo assunto.

Crédito: Letícia Szczesny
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