Semente plantada no campo e no coração
- Dia 16/10/2017
Mesmo antes de saber andar, o inspetor técnico José Nei Corrêa Severo, 37 anos, já aprendia a amar a raça Angus. Natural de Dom Pedrito, Zeca, como é chamado entre os amigos, conheceu a lida do campo nos 1.500 hectares da Estância Sotéia, propriedade da família. Sob forte influência dos pais, Edgar Pereira Severo, já falecido, e Ieda Fontoura Corrêa, 76 anos, formou a parte mais forte da sua personalidade. O caçula de cinco irmãos desde sempre ajudou na rotina da fazenda que, na época, chegou a criar 450 vacas puras controladas. “Minha família registrou o primeiro Angus em 1978, e eu nasci em 1980”, lembra.
Zeca só saiu da zona rural para estudar o ensino médio. Desde os 12 anos ajudava em remates da região como pisteiro. Em 1999, debandou para Uruguaiana e prestou vestibular para Zootecnia na PUC. Após quatro semestres estudando em solo uruguaianense, passou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e continuou os estudos lá. “Eu gostava mais de estudar a bovinocultura de corte, a pecuária como um todo”, lembra.
O estágio obrigatório foi feito na Cia Azul, propriedade da médica veterinária e criadora Suzana Macedo Salvador. Lá ele lidava com todas as fases do ciclo de produção, cria, recria e terminação. Formou-se em janeiro de 2006 e continuou trabalhando com diversas propriedades da região. Nessa época, a vontade de seguir a profissão de inspetor técnico da Angus já existia. “O primeiro técnico que marcou animais lá em casa foi o Tito Mondadori”, lembra Zeca, que também conhecia o inspetor técnico Luiz Walter Ribeiro, em quem sempre buscou conhecimento e esclarecimento sobre a raça. “Será sempre meu professor”.
Ao lado da bióloga Renata Rodrigues Valadan, 34 anos, com quem teve José Pedro, de 12 anos, o zootecnista soube do processo de seleção para inspetores técnicos pela internet. Passou por todas as etapas e, há um ano, integra o time de 27 profissionais que prestam assistência e apoiam os produtores de Angus pelo Brasil inteiro. A relação com os produtores, segundo ele, é a mais tranquila, aberta e correta possível. “Quero cada vez crescer mais na profissão. Não é só vender o serviço, mas mostrar o porquê de fazer o que está se fazendo”.
Formação: Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Natural de: Dom Pedrito (RS)
Região de atuação: Dom Pedrito e Bagé
Qual foi a primeira vez que ouviu falar na raça Angus: “antes de aprender a falar”
Há quanto tempo atua junto à Associação Brasileira de Angus: 1 ano
Uma receita infalível com carne Angus: Entrecot assado na brasa com queijo
Um rebanho inesquecível: Aquele que tem muito capricho do dono
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