Genética e tecnologia em pauta no Fórum Angus

Cerca de 50 pessoas acompanharam o evento Foto: Vitorya Paulo

Cerca de 50 pessoas acompanharam o evento Foto: Vitorya Paulo

A necessidade de investimentos constantes em tecnologias adaptadas aos diferentes sistemas de produção e em genética provada são alguns dos pontos principais para construir a pecuária ideal do futuro. O assunto foi debatido nesta quinta-feira (31/8) no Fórum Angus Genética para Carne de Qualidade, durante a 40° Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). Cerca de 50 pessoas acompanharam o evento no local.

O debate teve a participação do presidente do grupo VPJ, Valdmiro Polisselli Junior, a diretora da Cia. Azul Agropecuária, Susana Salvador, o vice-presidente de Marketing da Angus Felipe Moura Pinto, e o especialista de Nichos de Mercado da Minerva Foods, Luciano Andrade. O debate foi mediado pelo gerente nacional do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros.

Segundo Medeiros, a discussão é fundamental para refletir sobre a produção de carne de qualidade no Brasil e repensar as práticas em busca da excelência. “Temos de avaliar as oportunidades da nossa cadeia produtiva e trabalhar lado a lado com a indústria, sempre em busca de melhores remunerações”, comentou.

O vice-presidente de Marketing da Angus, Felipe Moura, chamou atenção para a alimentação dos rebanhos. Segundo Moura, o planejamento estratégico em agricultura forrageira é ideal. “Não existe forma de produção igual nos 365 dias do ano”, pontuou, lembrando a necessidade de ofertar alimento de qualidade para produzir animais sadios.

A escolha de reprodutores nos rebanhos também é um ponto chave para alavancar a produção, defendeu Susana. “Podemos ter um melhoramento genético ou um ‘pioramento’ genético, dependendo de qual touro se escolhe”. Porém, avaliou, a genética brasileira está no nível internacional. “Não devemos nada em oportunidades de produção”, afirmou, destacando a importância de utilizar touros Angus registrados nos plantéis. “Assim, sabemos que o touro vai entrar nos critérios do programa de certificação.”

Cruzamentos são a realidade do Brasil, segundo Polisselli, referindo-se à raça Ultrablack. “É um projeto de alta tecnologia, o terceiro andar da pecuária. Nós vamos produzir carcaças muito precoces, por isso o produtor precisa estar preparado”, disse. Segundo o dirigente, a nova raça proporciona a entrada no mercado mundial. “Temos de estar atentos ao que a indústria está buscando”, observou. A opinião foi compartilhada pelo especialista de Nichos de Mercado da Minerva Foods, Luciano Andrade. “O criador precisa abranger mercado para todo o animal, não só para os principais cortes.”

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