Caminhos da pecuária do futuro em foco na cidade de São Borja
- Dia 17/08/2017
As mangueiras dos plantéis estão “preteando” com a expansão da genética Angus no Brasil. É o que garantiu o gerente de Fomento da Associação Brasileira de Angus, o médico veterinário Mateus Pivato, durante a sexta palestra do Circuito Touro Angus Registrado, iniciativa da Associação. O evento ocorreu na última quarta-feira (16/8), em São Borja, no Núcleo de Criadores de Angus do município, dentro do Parque de Exposições do Sindicato Rural. Cerca de 70 pessoas estavam atentas às características e benefícios do uso de animais com crivo técnico nas suas propriedades apresentados por Pivato. O inspetor técnico da região e anfitrião da noite, o médico veterinário Josemim Guerreiro, comemorou a presença do Circuito na cidade. “Fomos contemplados com esse belo projeto”, afirmou Guerreiro. Além do inspetor técnico, o vice-presidente da Angus e diretor de marketing, Felipe Moura, também introduziu a palestra.
Padrão racial, consistência e garantia de genética de qualidade são as principais vantagens que Pivato listou em sua apresentação sobre os animais registrados. “Não é gasto, é investimento”. Segundo o médico veterinário, os produtores deverão se adaptar, cada vez mais, aos desafios que o futuro reserva à pecuária. “Teremos que produzir na vertical, ou seja, produzir mais por área disponível”. O equilíbrio, afirma, é a melhor saída. “Devemos avaliar duas questões: qual é o sistema de produção e qual é o nosso objetivo”. Com essas duas respostas, garante Pivato, os criadores terão mais eficiência nas suas propriedades.
CARRAPATO – Para falar sobre controle estratégico do carrapato, principal parasita nos rebanhos bovinos, o consultor da Elanco Alexandre Pereira apresentou dados e dicas sobre a prática. A Tristeza Parasitária Bovina (TPB), uma das principais doenças que o carrapato transmite, é um dos fatores que influenciam nos prejuízos da pecuária nacional. Pereira destacou as diferentes substâncias ofertadas atualmente no mercado e alertou para o seu uso correto, que se dividem em ação de contato e sistêmico. “O ponto crucial para o efeito do produto é a aplicação”, afirmou. A escolha deve levar em conta os índices de resistência dos carrapatos presentes na propriedade. A sugestão é fazer um biocarrapaticidograma e alterar o uso dos químicos de acordo com os resultados, uma vez que a resistência é hereditária.
O caminho para o manejo eficiente, segundo o consultor, é o uso desses compostos com eficiência, preferencialmente na primeira geração de parasitas, que surge no início do verão, de forma a evitar a infestação no final do outono. Segundo o consultor, as mudanças climáticas atuais também influenciam nas dificuldades do controle do carrapato, como a falta de ciclos intensos de geada.
Os churrasqueiros que brilharam na noite fria de São Borja, Nerison Bratz e Mauro Diniz, prepararam cortes de entrecot de carne Angus certificada para os participantes no final das palestras.
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