Investimento em genética de qualidade é foco em São Francisco de Assis

Mateus Pivato falou sobre os desafios do futuro para a agropecuária Foto: Vitorya Paulo

Mateus Pivato falou sobre os desafios do futuro para a agropecuária Foto: Vitorya Paulo

Pecuaristas terão de produzir mais com menos. Esse é um dos desafios do futuro para a agropecuária apresentados pelo gerente de fomento da Angus, Mateus Pivato, durante palestra no auditório Mauri Américo Gioda, no Parque de Exposições do Sindicato Rural do município de São Francisco de Assis (RS), na manhã desta terça-feira (15/8). A apresentação iniciou a agenda da segunda semana do Circuito Touro Angus Registrado, iniciativa da Associação Brasileira de Angus, além de abrir o 4º Seminário de Pecuária Familiar do município. Cerca de 70 pessoas assistiram as características e vantagens de usar touro Angus registrado nos plantéis brasileiros. O anfitrião do evento, Paulo Gioda, diretor executivo do sindicato, frisou a importância do projeto, além de comemorar o sucesso da quarta edição do seminário, que ainda integrou outras quatro palestras.

Conforme apontou Pivato, somente com investimentos em tecnologia, genética, nutrição, sanidade e aumento de produtividade por área chegaremos à expectativa do Ministério da Agricultura (Mapa) para crescimento de 23,3% de produção de carne bovina até o ano de 2025. Entre as melhorias genéticas, o médico veterinário introduziu o programa Touro Angus Registrado que, garantiu, é uma das melhores formas de agregação de valor às propriedades. “O touro registrado homogeniza a produção, o que significa mais valor no mercado”. Pivato ainda chamou a atenção para o fato de que não existe animal ideal para todos. “A chave é o equilíbrio”, afirmou, referindo-se às diferenças existentes entre criações. Outras iniciativas da Associação, como o programa de ultrassonografia de carcaças, também foram apresentados ao público.

CARRAPATO – A terceira palestra do seminário abordou as melhores práticas de controle estratégico do carrapato, que traz todos os anos um prejuízo de US$ 3,23 bilhões à pecuária nacional. O consultor da Elanco Ulisses Ribeiro chamou atenção para as condições climáticas de cada região, que interferem na infestação dos rebanhos. “Temos de identificar o início do crescimento dos parasitas e agir em cima disso”. O caminho para o controle do carrapato é o uso de químicos com eficiência, preferencialmente na primeira geração de parasitas, que surge no início do verão, de forma a evitar a infestação exacerbada no final do outono. Ribeiro pontuou as diferentes substâncias ofertadas atualmente no mercado, que se dividem em ação de contato e sistêmico.

Segundo o técnico, a escolha deve levar em conta os índices de resistência dos carrapatos presentes na propriedade. A sugestão é fazer um biocarrapaticidograma e alterar o manejo dos químicos de acordo com os resultados, uma vez que a resistência é hereditária. Entre os desafios para o uso de Fluazuron (químico de ação sistêmica), está conscientizar os criadores que seu uso deve ser realizado de maneira estratégica na primeira geração.

Durante o evento, os participantes puderam apreciar o sabor da carne Angus na prática, com cortes de entrecot assados com cuidado pelo associado do Sindicato Rural de São Francisco de Assis José Elias Colpo Pereira.

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