Dicas para escolher o melhor touro em Bagé
- Dia 10/08/2017
O gerente de fomento da Associação Brasileira de Angus, Mateus Pivato, esteve em Bagé nesta quarta-feira (9/8) para dar dicas de como escolher o melhor touro para trabalhar nas propriedades rurais da região da Campanha. Durante palestra do Circuito Touro Angus Registrado, ele pontuou que não existe um animal ideal para todas as fazendas. “A chave está no equilíbrio. E equilíbrio é produzir o máximo dentro de nossas propriedades”, pontuou, abrindo o evento que reuniu cerca de cem pessoas no pavilhão José Carrion Moglia, no Parque da Associação Rural de Bagé. Anfitrião da noite, o presidente do Núcleo Regional de Criadores de Aberdeen Angus de Bagé, Thiago Salis, comemorou a casa cheia, destacando participação de importantes criadores da raça e de jovens interessados nos eventos realizados pelo núcleo. O encontro também contou com apoio da Angus Jovem, que congregou estudantes e novos interessados na raça.
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Em sua palestra, Mateus Pivato recomendou que, na hora de escolher um reprodutor, o usuário não abra mão do registro, uma vez que animais marcados têm um histórico conhecido e garantia de melhoramento do rebanho. Também é importante levar em consideração o sistema de produção da fazenda, a oferta de forragem e objetivo da propriedade.
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Com relação ao preço, Pivato garantiu que touro registrado não é gasto, mas investimento. Apresentou gráfico comparando dois touros: um comum sem registro avaliado em R$ 4 mil e outro Angus registrado de R$ 8 mil. Segundo o levantamento, a diferença de custo por terneiro produzido é de R$ 25,00 a mais no caso de uso de animais gerados por reprodutor marcado. Contudo, na hora da venda, alerta Pivato, constata-se que esse custo adicional paga-se com apenas 4,46 quilos de carne. “O Touro Angus Registrado rende terneiros até dez quilos mais pesados, o que já nos mostra que investir nessa genética é um excelente negócio”, frisou, lembrando que a conta não leva em consideração o melhoramento deixado no rebanho de fêmeas que podem ser retidas como matrizes.
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CARRAPATO – Durante o evento, o consultor da Elanco Ulisses Ribeiro ainda fez uma explanação sobre as melhores práticas no controle do carrapato, que traz todos os anos um prejuízo de US$ 3,23 bilhões à pecuária nacional. Segundo ele, a falta de frio e geada neste inverno aumentaram o problema nos campos gaúchos. “Quando se fala em controle do carrapato, é preciso pensar que 5% está no gado e 95% no campo. Diminuir a infestação do pasto passa por evitar a reprodução do parasita”, pontuou. O caminho para esse controle é o uso de químicos com eficiência, preferencialmente na primeira geração de parasitas, que surge no início do verão, de forma a evitar infestação exacerbada no final de outono. Ribeiro pontuou as diferentes substâncias ofertadas atualmente para o controle, que se dividem em ação de contato e sistêmico.
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O importante na escolha, recomendou o técnico, é levar em consideração aos índices de resistência dos carrapatos presentes na propriedade. A sugestão é fazer um biocarrapaticidograma e alterar o manejo dos químicos de acordo com os resultados uma vez que a resistência é hereditária. Entre os desafios para o uso de Fluazuron (químico de ação sistêmica) está conscientizar os criadores que seu uso deve ser realizado de maneira estratégica na primeira geração.
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Após a gira de palestras, os convidados puderam experimentar na prática o sabor diferenciados da carne Angus. Assados com esmero pela dupla Renan Longaray e Marcus Vinicíus Malcorra, os cortes de entrecot fizeram sucesso.
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