Pouco frio prejudica controle do carrapato

Foto: Carolina Jardine

O consultor da Elanco Ulisses Ribeiro fala dos desafios e de planos de controle de carrapatos no campo durante palestra no Sindicato Rural de Rio Grande. Foto: Carolina Jardine

O inverno com pouco frio registrado neste ano no Rio Grande do Sul vem colaborando para agravar os problemas com carrapato nos campos. Durante palestra na noite desta terça-feira (8/8), no Sindicato Rural de Rio Grande, o consultor da Elanco Ulisses Ribeiro pontuou que as esparsas geadas evitam a eliminação das larvas depositadas no campo, o que requer mais atenção dos criadores. “Quando se fala em controle do carrapato, é preciso pensar que 5% está no gado e 95% no campo. Diminuir a infestação do pasto passa por evitar a reprodução do parasita”, pontuou. O caminho para esse controle é o uso de químicos com eficiência, preferencialmente na primeira geração, que surge no início do verão, de forma a evitar infestação exacerbada no final de outono. Ribeiro pontuou as diferentes substâncias ofertadas atualmente para o controle, que se dividem em ação de contato e sistêmico.

O importante na escolha, recomendou o técnico, é levar em consideração os índices de resistência dos carrapatos presentes na propriedade. A sugestão é fazer um biocarrapaticidograma e alterar o manejo dos químicos de acordo com os resultados uma vez que a resistência é hereditária. Entre os desafios para o uso de Fluazuron (químico de ação sistêmica) é conscientizar os criadores que seu uso deve ser realizado de maneira estratégica na primeira geração.

O impacto do carrapato no gado envolve diferentes fatores. Entre eles está perda peso, gasto com produto, perdas no couro e baixa taxa de natalidade. Ribeiro citou estudo que indica que o prejuízo com o carrapato no país chega a US$ 3,23 bilhões ao ano. Além disso, a transmissão da tristeza é outra questão a ser atacada e que exige planejamento para que os terneiros adquiram imunidade à doença.

0 comentários on Pouco frio prejudica controle do carrapato

Post a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *