Paixão propagada por gerações

Trabalhando há mais de 15 anos na Associação Brasileira de Angus, o médico veterinário e inspetor técnico Fernando Furtado Velloso, de 42 anos, lembra da primeira vez que ouviu falar da Angus. Ele estava na fazenda do avô, o pecuarista Anaurelino Furtado, na região de Palomas, em Santana do Livramento (RS), quando escutou ele comentar sobre o “poliango”, referindo-se aos animais pretos. Velloso tinha por volta dos 10 anos de idade e ainda não sabia, mas o envolvimento com a raça marcaria toda a sua vida e carreira.

Filho do economista Osvaldo Velloso e da professora Vaine Velloso, o inspetor técnico cresceu dividindo seu tempo entre Porto Alegre (RS) e a cidade da família na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. Os pais moravam na Capital, mas as raízes do campo nunca o deixaram abandonar o Interior, para onde ele fazia viagens rotineiras em visitas ao avô. “Minha relação com a pecuária sempre se deu em função da minha relação com a família”, afirma.

Na faculdade, quando iniciou o curso de Medicina Veterinária na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em 1994, fez um dos primeiros estágios com o inspetor técnico da Associação Brasileira de Angus Luis Walter Ribeiro, hoje colega de profissão. “Minha introdução logo no início do curso ao trabalho de campo foi uma grande oportunidade, que proporcionou um ótimo aprendizado”, considera. O estudo também lhe rendeu companheiros de ofício. Durante uma bolsa de Iniciação Científica na universidade, Velloso foi orientado pelo professor Ricardo Macedo Gregory.

Foi através de Gregory que ele soube da possibilidade de trabalhar na Associação Brasileira de Angus. A oportunidade se encaixou perfeitamente ao que ele almejava. Velloso concluiu a faculdade no dia 2 de agosto de 2001. E, no dia seguinte, ingressou na Angus. Mas foi mais tarde que começou a atuar na função de inspetor técnico. Hoje, casado com a médica veterinária Carin Appelt, com quem tem dois filhos, Bento, de 6 anos, e Érico, de 7 meses, atravessa fronteiras zelando pela qualidade dos animais Angus.

Formação: Medicina Veterinária na Ufrgs
Natural de: Porto Alegre (RS)
Região de atuação: Região Metropolitana de Porto Alegre, Vale dos Sinos, PR e SP.
Qual foi a primeira vez que ouvir falar na raça Angus: Tinha em torno de 10 anos, na fazenda do avô Anaurelino Furtado
Há quanto tempo atua junto à Associação Brasileira de Angus: Mais de 15 anos
Uma receita infalível com carne Angus: Entrecot Angus
Um rebanho inesquecível: Fazenda Santa Helena (GAP Genética), pelo contato com grande número de animais

Texto: Eduarda Oliveira