Benefícios do cruzamento Angus em debate no Simpósio de Produção Animal

Foto: Bruna Karpinski

O potencial de melhoramento genético da pecuária de corte do Paraná foi tema de palestra feita pelo gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, no I Simpósio de Produção Animal realizado nesta sexta-feira (7/4), na Expolondrina. Das 3,35 milhões de vacas de corte do Estado, somente 11,2% são inseminadas. “Dá pra melhorar muito”, avalia Medeiros. Na ocasião, o gerente destacou a importância de trabalhar com cruzamentos das raças Angus e Nelore para melhorar a produção.

Sobre a escolha do Angus para cruzamento, ressalta que é a raça taurina mais criada em diferentes países do mundo, com ampla base genética e inúmeros benefícios, entre eles a velocidade de crescimento e a eficiência produtiva. O resultado são bezerros 10% a 20% mais pesados e o ciclo de produção mais curto, com abate a partir dos 14 meses.

A fertilidade, a precocidade e a facilidade de parto, além da versatilidade caracterizada pela eficiência a campo e em confinamento, chegando finalmente na qualidade da carne, complementam os diferenciais da raça Angus. “O cruzamento que dá certo consiste não em misturar raças, mas em complementar raças”, afirmou.

Técnico aborda manejo reprodutivo

O veterinário Antônio Francisco Chaves Neto, inspetor técnico da Angus, palestrou sobre manejo reprodutivo de inseminação artificial em tempo fixo. Durante a apresentação, abordou escore da condição corporal, balanço energético, suplementação com sal mineral, status reprodutivo, taxa de concepção, manejo racional e treinamento de mão de obra. “Nós temos que ter uma visão mais generalista. O veterinário tem que saber conversar com o peão e, ao mesmo tempo, ser técnico”, aconselha.