Plano Agrícola 2016/2017 muda financiamento de gado
- Dia 04/05/2016

Katia Abreu anunciou verba recorde para o Ano Agrícola / Foto: Antônio Araújo
Anunciado nesta semana em Brasília, o Plano Agrícola e Pecuária 2016/2017 traz novidades para os pecuaristas. A principal delas é a mudança no sistema de financiamento de animais para recria e engorda. Anteriormente enquadrada na modalidade Investimento, com taxa de 8,75% ao ano e prazos de pagamento de 6 meses para confinamento e 6 anos para recria, a aquisição agora será compreendida como Custeio. Desta forma, já em 2016/2017, o pecuarista que quiser adquirir animais com crédito oficial terá 12 meses para pagamento e taxa de juros de 9,5%. Apesar de menos prazo e juros maiores, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar, acredita que “o modelo deve trazer mais dinamismo para a pecuária”.
Segundo o Ministério da Agricultura, a mudança corrige antigas distorções previstas em decreto de 1965. O coordenador-geral para Assuntos da Pecuária da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, (Mapa) João Salomão, explica que a alteração leva em conta os avanços da pecuária ao longo dos anos. “Antes, se levava 5 anos para abater uma animal e hoje o trabalho de recria é feito dentro oito, 12 meses”, pontua.
Apesar da redução no prazo de pagamento para dívidas de recria, Salomão explica que houve elevação do teto para captação, que passa de R$ 385 mil (na modalidade Investimento) para R$ 1,3 milhão por produtor (em Custeio). “Muitos confinadores reclamavam que, ao pegar o crédito para pecuária para cinco anos, ficavam com seu limite preso e não podiam tomar mais recursos. Agora, é possível trabalhar em ciclos anuais”.
A operacionalização das ferramentas ainda depende da regulamentação do Plano Safra.
Recursos
O Plano Agricultura e Pecuário 2016/2017 destinará R$ 202,88 bilhões de crédito aos produtores rurais brasileiros, valor recorde que representa aumento de 8% em relação à safra anterior (R$ 187,7 bilhões). Um dos destaques é o crescimento de 20% dos recursos para custeio e comercialização a juros controlados. A modalidade contará com R$ 115,8 bilhões.
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