Paraná adia suspensão da vacinação contra aftosa

IMG_4714

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou, nesta segunda-feira (3/8), que o estado não suspenderá a vacinação contra febre aftosa neste ano, conforme defendido no primeiro semestre. Segundo o presidente da Adapar, Inácio Kroetz, a campanha prevista para o mês de novembro será mantida. A decisão foi tomada na semana passada, uma vez que o Paraná tinha até a última sexta-feira (31/7) para decidir se haveria ou não a segunda etapa de imunização deste ano. “O ambiente interno e externo nos recomendam vacinar pelo menos neste ano. Mas seguimos com o trabalho para que o estado alcance, em um prazo não muito longo, o status de livre da doença sem vacinação”, disse Kroetz.

A posição foi resultado de articulação dos próprios criadores. Em reunião realizada no dia 27 de julho, representantes de 35 entidades solicitaram ao governador Beto Richa a manutenção da vacinação. Na ocasião, o secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, teria se comprometido a manter as campanhas de novembro e de maio do ano que vem. Kroetz informou, no entanto, que a etapa de maio ainda não está confirmada. “A febre aftosa é um termômetro de qualidade do serviço veterinário oficial”, enfatizou Kroetz, lembrando que o caminho natural é a retirada da vacinação. O presidente da Adapar ainda reforça a importância de manter a imunização por mais algum tempo uma vez que, em outubro, será realizada a Reunião Extraordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (Cosalfa) e o Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal (Endesa) em Cuiabá (MT), momento em que as autoridades sanitárias poderão trazer novas medidas a serem observadas antes que o estado decida por parar de vacinar.

A medida alivia a preocupação de criadores gaúchos, que temiam exposição da fronteira brasileira para o vírus da febre aftosa. O presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, pontua que não é contra a retirada da vacinação, mas que ela deve ser feita de forma ordeira e embasada para não expor o rebanho nacional à ocorrência do vírus.

“Nós defendemos que o avanço de status sanitário no Brasil não ocorra por estados e sim em bloco”, salientou o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni, posicionamento que está em linha com o do Ministério da Agricultura. Segundo ele, o status de livre sem vacinação e o consequente isolamento do Paraná comprometeriam o melhoramento genético do rebanho paranaense. Além disso, o Estado não teria excedente de produção para atender aos potenciais mercados que se abririam com o novo status.

Com informações DBO

0 comentários on Paraná adia suspensão da vacinação contra aftosa

Post a comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *