China reabre mercado à carne do Brasil

Ministra Kátia Abreu recebeu promessa de liberação de mais 17 frigoríficos Crédito: José Cruz / ABR

A China reabriu seu mercado para a carne bovina do Brasil. Acordo assinado nesta terça-feira (19) pela presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro Li Keqiang, no Palácio do Planalto, em Brasília, permite que oito frigoríficos brasileiros exportem cortes ao país asiático. A suspensão das compras de carne do Brasil foi anunciada em dezembro de 2012, após uma suspeita não confirmada de registro de mal da vaca louca no Paraná. O embargo comercial foi suspenso em julho e retirado oficialmente em novembro do ano passado.

Segundo informações do Ministério da Agricultura, o Brasil deverá ter 26 plantas frigoríficas habilitadas a exportar para a China até junho deste ano, o que pode representar cerca de US$ 520 milhões anuais em vendas. Do total de plantas habilitadas, nove frigoríficos (oito de bovinos e um de aves) tiveram a habilitação oficializada no encontro desta semana. A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou que este é um importante reconhecimento da sanidade e qualidade da carne bovina brasileira em um mercado estratégico para as exportações. Dos estabelecimentos habilitados para carne bovina, um está no Mato Grosso, cinco em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um em Goiás. O de carne de aves está no Paraná.

Segundo o Ministério da Agricultura, o governo chinês se comprometeu em liberar as 17 plantas restantes em junho, durante visita oficial da ministra Kátia Abreu ao país oriental. “Entreguei toda a documentação em inglês para o ministro. Ele saiu daqui com a promessa de uma cooperação rápida, de que tem toda disposição de ajudar”, disse.

As autoridades dos dois países ainda assinaram cordo de Cooperação em Saúde Animal e Quarentena, com o objetivo de promover intercâmbio de informações visando à prevenção da disseminação de doenças animais nos territórios dos dois países e acordaram a habilitação de estabelecimento brasileiro produtor de carne de aves, que estava suspenso pelos chineses desde 2013.

Com informações G1 e Mapa